segunda-feira, 26 de abril de 2010
Buscando uma Identidade.
Nem é certeza que seu nome seja mesmo Francisco Sales Caetano,mas é assim que ele diz que se chama.Fora isso,pouca coisa se aproveita,como informação,do que ele diz durante a entrevista.Não sabe a idade, que “está nos papel que se perdeu”,mas quando chegou,há uns dois anos,disse ter 76 anos.O que pode ser certo,a aparência é de mais ou menos isso mesmo.Magro,mirrado,sem camisa,me recebe com um riso estranho no rosto,e assim permanece durante todo o tempo da visita.“Nasceu em que lugar, seu Francisco?”“Massapê”,é a resposta,que demora um pouco a vir;talvez procurando na memória o lugar em que nasceu,ou talvez procurando mesmo o jeito de falar,quem sabe? Que foi casado,sim,mas a mulher já morreu,faz tempo.Filhos?Sim,duas meninas,com esforço repete os nomes das duas:Daniele e Mocinha.Que uma delas recebe a sua aposentadoria,não sabe qual das duas.Nem em que elas trabalham ou onde vivem.Não lembra como chegou ali,conta uma mirabolante história de que veio num carro do governo para trabalhar na estrada,desceu do carro e os outros não esperaram.Mirabolante, eu disse?Ora, bem que poderia ser verdadeira,ou talvez faça parte de uma experiência vivida anteriormente,quando mais jovem.Não dá pra saber.O que se sabe,de fato,é que ele apareceu no primeiro dia do ano de 2009,logo depois do meio dia,e chamou a atenção de dona Eliane pelas idas e vindas diante de sua casa,numa localidade rural.A princípio pensaram tratar-se de algum bêbado, até sentiram um pouco de medo, mas depois, vendo que já ia anoitecer e ele continuava por ali, resolveram aproximar-se. Trouxeram-no para casa: todo arranhado e meio morto de fome e sede.Sem nenhum documento e sem nenhuma informação de quem era ou de onde vinha. Tiveram pena, e ficaram com ele em casa.Passou a fazer parte da família, mas de vez em quando diz que vai embora.Deve ser nos momentos raros em que lembra que tem família em algum lugar.Mas não sabe dizer pra onde quer ir,apenas quer sair sem rumo. Lembra de repente que tinha um apelido(Chico Caralho),a mãe se chamava Gerônima(ou Jerônima)e o pai Sales Caetano.Em Massapê ninguém soube dizer de alguém com as suas características que tenha desaparecido.Mas agora há novas informações(se forem verdadeiras).
Matemática e gatos
Hoje fiquei sabendo de uma pessoa que abandonou os estudos por não "concordar", aqui caberia melhor por não entender, as regras da matemática, em especial aquele lance do mais com mais dá mais, e menos com menos também dá mais...rsrs...resultado: foi criar gatos, adotando e trazendo pra casa bichanos abandonados, e já tem 60 animais em casa, que por sua vez acabou resultando no fim do casamento; a esposa não aguentando a convivência com tantos felinos foi-se embora! Ou, como dizemos por aqui, "pegou o beco!" Pode uma coisa dessas?
sábado, 24 de abril de 2010
Enfim, A Formatura

Ontem foi a formatura do meu segundo filho, em Ciência da Computação. Solenidade de Colação de Grau, no Ginásio Paulo Sarasate. Aqui, na esquina de casa. Mas eu passei a tarde na casa de uma amiga, assistindo filmes, comendo bolo, pipoca, tomando guaraná e café, e por pouco não chego atrasada no Paulo Sarasate. Quer dizer, cheguei bem depois do horário marcado para iniciar a solenidade, mas é claro que passou longe de começar na hora certa. Pensei: não vou conseguir ver meu filhote no meio dessa multidão! Meio atordoada olho à minha volta, pro alto das arquibancadas, e me sinto salva pelos cartazes que identificam o lugar de cada curso. Que alívio! De lá, já sentada, olho pra baixo e distingo, na lateral da quadra, um pequeno grupo que conversa e ri, se abraçam e fazem pôse para fotos. Um está de costas, mas eu nem preciso muito para saber que aquele é o meu Serginho. E é! Usando um longo vestido preto com babador rendado branco,e uma faixa azul claro na cintura...espere, mas não era pra ser azul mais escuro? Enfim, que importa? É o meu filho, e está se formando!!!Pego o telefone na bolsa, ligo pra ele, e vejo, emocionada, ele tentando alcançar o celular por baixo da beca. Sinto um nó na garganta quando ele se vira, após desligar o telefone, me procurando com os olhos. Volta a guardar o celular no bolso sob o jabô, e sobe as arquibancadas em minha direção. Agradeço a Deus, mentalmente, por esse momento.
O Mistério de se Corrigir uma Prova

Aqui do lado a minha filha corrigindo provas. Mas faz uma pausa pra ver comigo o filme Morke(O Mistério da Vila).Do meio pro fim, porque eu já estava assistindo quando ela chegou aqui. Explico-lhe rapidinho como foi a parte que ela perdeu, e seguimos em frente. Como sempre: discutimos o roteiro, imaginamos o final, criamos as cenas...kkk!Quando ela volta pras suas provas, cobra de mim a participação que deu ao assistir o filme. Ok! Como ela mesma diz, eu sou a mãe!Discutimos uma das questões(da prova, não do filme), a forma como foram atribuídos os escores, e concordamos na total falta de senso nesse ponto. Voltamos ao conteúdo, e não consigo segurar a gargalhada quando ela me mostra uma das questões da prova, e acrescenta que acha muito engraçado quando alguns alunos dão a resposta que vai agradar ao professor, mesmo que não seja realmente o que pensam. E não é assim que tem que ser? O aluno precisa da nota pra ser aprovado.Eu adoraria, do fundo do meu coração, postar aqui a questão 3 dessa prova, e discuti-la desde a elaboração às respostas oferecidas pelos alunos. Mas sou impedida, afinal, o argumento é forte:"Mãe, tá querendo que eu seja demitida?". Tá bom, você venceu, não posso correr esse risco;afinal,você acabou de trocar de carro...mas quer saber? Valeu pela discussão sobre "ecumenismo", foi deveras gratificante. E fique tranquila, minha Su, não vou dizer aqui o que seus alunos escreveram sobre isso na prova.
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Pérolas

Está decidido: vou comprar um colar de pérolas! Claro que não serão pérolas verdadeiras, mas e daí? Eu também não tenho conseguido ser muito verdadeira ultimamente; sempre com a sensação de que estou em um palco, representando não um, mas vários personagens que nada têm a ver comigo. De repente lembro do menino que insistia em carregar água na peneira, mas me sinto envergonhada por imaginar que sou como ele; porque aquele menino é um poeta, enquanto eu...
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