terça-feira, 26 de abril de 2011
Mulungu - A Viagem
Combinamos de sair de Fortaleza umas 09 horas da manhã de quinta-feira, dia 21 de abril, e antes do meio-dia estaríamos em Mulungu; almoçaríamos em algum restaurante já na serra, e depois seguiríamos o roteiro sugerido pela Marília, principalmente quanto à hospedagem... rsrs...
Mas acordei tarde, e já passava das 10 horas quando pegamos a estrada; viagem maravilhosa, apesar de sermos só nós dois, ou quem sabe por isso mesmo. Eu sempre me digo que viagem perfeita é quando nossos filhos estão junto, mas o Eduardo insiste em tentar me convencer de que não precisa ser sempre assim, e que podemos ( e devemos) nos divertir estando só nós dois. Não acredito nisso, mas ele sempre está certo. Aos berros íamos acompanhando as músicas do Fagner e do Chico Buarque, rindo muito de tudo que aparecia pelo caminho. Começamos a subir a serra por volta de meio-dia, felizes com a mudança do clima; sempre ficamos assim, felizes,quando fazemos esse roteiro de serra,somos tomados por uma alegria tão grande que nem dá pra explicar. Um pouco adiante, no alto da serra, fica o Sítio Nova Holanda, de uns amigos nossos, e o Eduardo pergunta se eu não quero dar uma entradinha pra cumprimentarmos o Max e a Kátia. Como não? Claro que eu quero! Estive aqui apenas uma vez, em um fim-de-semana, numa comemoração do dia de Santo Antônio, mas o Eduardo esteve mais vezes com as crianças; é um lugar lindo, e preciso lembrar-me de sugerir a Marília que o inclua em seu roteiro de viagem a Mulungu. Foi ótimo termos ido até lá! O Max, como sempre, divertidíssimo, e a Kátia sempre gentil e hospitaleira. Valeu demais termos parado no sítio, rimos bastante, e eles nos acompanharam até a casa aonde nos hospedamos em Mulungu, não sem antes insistirem para ficarmos lá com eles. À noite fomos todos à Guaramiranga, visitamos a Pousada dos Capuchinhos, tomamos chocolate quente, demos mais risadas, até que eu praticamente desmaiei... Mas aí já é outra história.
segunda-feira, 25 de abril de 2011
O Duelo entre a Vida e a Morte

Num dos mais belos hinos da liturgia cristã da Páscoa, que nos vem do século XIII, se canta que “a vida e a morte travaram um duelo; o Senhor da vida foi morto mas eis que agora reina vivo”. É o sentido cristão da Páscoa: a inversão dos termos do embate. O que parecia derrota era, na verdade, uma estratégia para vencer o vencedor, quer dizer a morte. Por isso, a grama não cresceu sobre a sepultura de Jesus. Ressuscitado, garantiu a supremacia da vida. Como não cantar aleluia?
A mensagem vem do campo religioso que se inscreve no humano mais profundo, mas seu significado não se restringe a ele. Ganha uma relevância universal, especialmente, nos dias atuais, em que se trava física e realmente um duelo entre a vida e a morte. Essse duelo se realiza em todas as frentes e tem como campo de batalha o planeta inteiro, envolvendo toda a comunidade de vida e toda a humanidade.
Isso ocorre porque, tardiamente, nos estamos dando conta de que o estilo de vida que escolhemos nos últimos séculos, implica uma verdadeira guerra total contra a Terra. No afã de buscar riqueza, aumentar o consumo indiscriminado (63% do PIB norte-americano é constituido pelo consumo que se transformou numa real cultura consumista) estão sendo pilhados todos os recursos e serviços possíveis da Mãe Terra.
Nos últimos tempos, cresceu a consciência coletiva de que se está travando um verdadeiro duelo entre os mecanismo naturais da vida e os mecanismos artificiais de morte deslanchados por nosso sistema de habitar, produzir, consumir e tratar os dejetos. As primeiras vítimas desta guerra total são os próprios seres humanos. Grande parte vive com insuficiência de meios de vida, favelizada e superexplorada em sua força de trabalho. O que de sofrimento, frustração e humilhação ai se esconde é inenarrável.
Vivemos tempos de nova barbárie, denunciada por vários pensadores mundiais, como recentemente por Tsvetan Todorov em seu livro O medo dos bárbaros (2008). Estas realidades que realmente contam porque nos fazem humanos ou cruéis, não entram nos cáculos dos lucros de nenhuma empresa e não são considerados pelo PIB dos paises, à exceção do Butão que estabeleceu o Indice de Felicidade Interna de seu povo. Mas estas desumanidades lançam ao céu gritos caninos dos famintos e sedentos, escutados praticamente por ninguém.
Recentemente, o prêmio Nobel em economia, Paul Krugmann, revelava que 400 famílias norte-americanas detinham sozinhas mais renda que 46% da população trabalhadora estadounidense. Esta riqueza não cái do céu. É feita através de estratégias de acumulação que incluem trapaças, superespeculação financeira e roubo puro e simples do fruto do trabalho de milhões.
Para o sistema vigente e devemos dizê-lo com todas as letras, a acumulação ilimitada de ganhos é tida como inteligência, a rapinagem de recursos públicos e naturais como destreza, a fraude como habilidade, a corrupção como sagacidade e a exploração desenfreada como sabedoria gerencial. É o triunfo da morte. Será que nesse duelo ela levará a melhor?
O que podemos dizer com toda a certeza é que nessa guerra não temos nenhuma chance de ganhar da Terra. Ela existiu sem nós e pode continuar sem nós. Nós sim precisamos dela. O sistema dentro do qual vivemos é de uma espantosa irracionalidade, própria de seres realmente dementes.
Analistas da pegada ecológica global da Terra, devido à conjunção das muitas crises existentes, nos advertem que poderemos conhecer, para tempos não muito distantes, tragédias ecológico-humanitárias de extrema gravidade.
É neste contexto sombrio que cabe atualizar e escutar a mensagem da Páscoa. Possivelmente não escaparemos de uma dolorosa sexta-feira santa. Mas depois virá a ressurreição. A Terra e a Humanidade ainda viverão.
(por Leonardo Boff)
Chegando a Mulungu

Endereço: Única casa na frente do hospital!(verde c/ rosa!)
Com um endereço assim referenciado, não tinha como errar, né mesmo?Seguindo essa instrução, chegamos direitinho à casa!Abrimos o cadeado do portão, entramos na garagem, abrimos a porta principal, e nos deparamos com uma sala repleta de fotos! Foi aí que começamos a achar que estávamos na casa errada, porque nenhuma daquelas fotos era da nossa amiga que tinha emprestado a casa. Olhávamos ansiosamente todas as fotos, esperando ver a cara sorridente da Marília em pelo menos uma delas, e nada!Ai meu Deus, a gente tinha invadido uma casa! Mas não podia ser; as chaves deram direitinho na fechadura da porta e no cadeado do portão. Começamos a andar pela casa, procurando alguma coisa familiar... Nada! Entramos no primeiro quarto, e sem demora eu já concluí que aquele não era o quarto da Marília, por causa de um sapato de salto alto, então deveria ser da pessoa que dividia a casa com ela, o que me fez sair depressa e fechar a porta; no segundo quarto, mais certeza tive de que aquele não era o quarto dela, uma rápida olhada nos livros em uma prateleira no alto, e um vestido grande demais para ser dela me fizeram parar pra refletir: o sapato de salto do quarto anterior era bem pequeno, parecia mesmo o pezinho da Marília, vou voltar lá e olhar de novo. Alguns detalhes foram me dando a sensação de que estávamos na casa certa, principalmente quando encontrei as meias cor de rosa e o pequeno termômetro digital que ela disse que tinha deixado. Achei o termômetro a coisa mais atraente da casa, passava o tempo com ele na mão medindo a temperatura, e a meinha cor de rosa foi a mais fofa que eu já vi! O agasalho branco pendurado na cabeceira da cama era da Marília, não havia dúvida. Quando eu liguei pra ela, a fim de confirmar que aquela era mesmo a casa, o Eduardo já estava guardando as camisas no armário, todo dono do quarto. Eu não tirei minhas coisas da mala, só ia tirando à medida que ia precisando, mas confesso que abusei do desodorante de jato geladinho que estava na prateleira do quarto. Usei em todos os dias que fiquei lá, então acho que devo um desodorante novo a ela. No banheiro, nova surpresa: o suporte de papel higiênico. Muito original! Adorei! Mas confesso que passei um tempão procurando o papel, sem entender o que fazia aquela garrafa plástica ao lado do sanitário. Ow comédia! Feito o reconhecimento da casa, lá fomos nós zanzar pela cidade, que verdade seja dita, me pareceu bem esquisita, com aquelas ruazinhas estreitas e sem calçadas pra pedestres.Por outro lado,verdade também que precisa ser dita, ow climazinho bom da peste,viu?Quero trabalhar aí cu tu, @mariliagirao !
domingo, 24 de abril de 2011
Casamento: Zé Luis e Roberta


E eu acabo de falar ao telefone com meu sobrinho, Zé Luis, que me convida pra ser sua madrinha de casamento! E ainda pergunta se eu aceito! Como assim? É uma honra sem tamanho pra mim, meu querido! Feliz demais com o convite! Você e a Robertinha são muito queridos, sabem disso, né?No dia 09 de dezembro estaremos aí, em Manaus, participando desse maravilhoso momento de suas vidas. Beijos, muitos beijos! Até lá!Essa foto foi em fevereiro de 2010, eu e a Roberta,enquanto o Zé Luis tocava.Olha ele aí com esse look belíssimo! Amo!!!
sábado, 16 de abril de 2011
sexta-feira, 8 de abril de 2011
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