Hoje decidi retomar meu ritmo de
caminhada e estudos diários, que eu tinha meio que deixado de lado. Por causa
da Copa, alguns pensarão. Pura preguiça e comodismo, eu digo. Enfim. Não quis ir muito longe, todo recomeço é um
pouco difícil, e parei por ali pela Praça Bárbara de Alencar, a menos de 5
minutos de casa. E eu gosto muito dessa praça, apesar de pequena; não foi a
primeira vez que caminhei ali. Hoje ela estava tomada por um grande grupo de
trabalhadores da construção civil, talvez de uma obra do lado da praça. Já havia
uma moça, dando voltas por ali, e eu não diminuí o ritmo, mesmo tendo que
passar quase pelo meio do grupo de operários. Mais ou menos pela terceira volta
um deles gritou algo que não entendi, até porque não estava prestando atenção,
concentrada em meus pensamentos. Mas alguma coisa me alertou que aquele grito
fora dirigido a mim. Olhei ao redor e vi que a outra moça já não se encontrava
na praça. Era só eu e aquelas caras, além de alguns taxistas sentados em um
banco conversando animadamente e das pessoas que esperavam ônibus numa parada
ali na praça. Havia também um rapaz tentando fazer cesta na quadra de basquete do meio da praça.
Não me intimidei e nem alterei o passo. Nem me passou pela cabeça mudar de caminho, estava tão tranquila que mal me reconheci. Ao passar pelo grupo o mesmo rapaz e mais um outro disseram algumas gracinhas, bobagens que não me ofenderam e nem mesmo me afetaram. “Peões sem educação, são todos iguais”, pensei de imediato, do alto do meu preconceito. Continuei meu caminho, mas escutei um terceiro do grupo chamar a atenção dos dois colegas, como se estivesse censurando-os pelo comportamento. Ainda dei umas quatro voltas pela praça antes de ir pra casa, e ninguém mais daquele grupo se dirigiu a mim de nenhuma forma. Fiquei refletindo sobre a facilidade que temos em estereotipar e rotular as pessoas e me senti agradavelmente feliz por estar enganada acerca daqueles rapazes. Dois grosseirões não representavam, de modo nenhum, o grupo a que pertenciam. Na verdade nem mesmo o terceiro rapaz seria um representante da turma, mas, me lembro de ter pensado que sim. Questão de conforto. Normalmente eu dou umas 10 voltas naquela praça, o que juntando ao meu percurso de ida e volta pra casa, os três andares de escada que eu subo e desço no meu prédio, me parecem de bom tamanho para a atividade física do dia. Mas creio que hoje passei da conta, perdi a conta, devo ter dado umas quinze voltas mais ou menos; quem sabe dezesseis.
Foto: Internet
Não me intimidei e nem alterei o passo. Nem me passou pela cabeça mudar de caminho, estava tão tranquila que mal me reconheci. Ao passar pelo grupo o mesmo rapaz e mais um outro disseram algumas gracinhas, bobagens que não me ofenderam e nem mesmo me afetaram. “Peões sem educação, são todos iguais”, pensei de imediato, do alto do meu preconceito. Continuei meu caminho, mas escutei um terceiro do grupo chamar a atenção dos dois colegas, como se estivesse censurando-os pelo comportamento. Ainda dei umas quatro voltas pela praça antes de ir pra casa, e ninguém mais daquele grupo se dirigiu a mim de nenhuma forma. Fiquei refletindo sobre a facilidade que temos em estereotipar e rotular as pessoas e me senti agradavelmente feliz por estar enganada acerca daqueles rapazes. Dois grosseirões não representavam, de modo nenhum, o grupo a que pertenciam. Na verdade nem mesmo o terceiro rapaz seria um representante da turma, mas, me lembro de ter pensado que sim. Questão de conforto. Normalmente eu dou umas 10 voltas naquela praça, o que juntando ao meu percurso de ida e volta pra casa, os três andares de escada que eu subo e desço no meu prédio, me parecem de bom tamanho para a atividade física do dia. Mas creio que hoje passei da conta, perdi a conta, devo ter dado umas quinze voltas mais ou menos; quem sabe dezesseis.
Foto: Internet
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