terça-feira, 4 de junho de 2013


Tentei contar essa fábula a minha querida amiga Elaine Vasconcelos, que a achou bem interessante, mesmo eu me perdendo toda na tentativa de contá-la.Prometi a ela que ia lembrar direitinho da história.Fiz melhor.Hoje a encontrei copiada em uma antiga agenda, de 2002, e, a essa alegria juntou-se a emoção de rever a minha agenda com todas as páginas desenhadas artisticamente por uma outra queridíssima amiga que já não está mais em nosso convívio. Marister, com quem tive a honra de trabalhar no Colégio Cascavelense, incansável na sua labuta com a educação infantil, passou alguns dias com minha agenda em casa, fazendo nela desenhos diferentes em cada página, sempre à noite,me disse ela,em seus momentos de folga.

O Papel e a Tinta

Certo dia, uma folha de papel que estava em cima de uma mesa, junto com outras folhas extremamente iguais a ela, viu-se coberta de sinais. Uma pena, molhada de tinta preta, havia escrito uma porção de palavras em toda a folha.
- Será que você não podia ter me poupado esta humilhação? Disse furiosa, a folha de papel para a tinta.
- Espere! Respondeu a tinta. ““ Eu não estraguei você. Eu cobri você de palavras. Agora você não é mais apenas uma folha de papel, mas,sim, uma mensagem. Você é a guardiã do pensamento humano. Você se transformou num documento precioso.
E, realmente, pouco depois, alguém foi arrumar a mesa e apanhou as folhas de papel para jogá-las na lareira. Mas, subitamente, reparou na folha escrita com tinta, e, então, jogou fora todas as outras, guardando apenas a que continha a mensagem escrita.

(Adaptado de Leonardo da Vinci. Fábulas e Lendas)

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