sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

O retrato de uma sexta-feira perfeita! Ou quase...

Na verdade, pra quem passa a semana inteira longe de casa, toda sexta-feira parece perfeita, pelo simples fato de ser uma sexta-feira. O dia em que se dá a volta pra casa, pros filhos, pras pessoas e coisas muito amadas. Mas nem sempre as coisas acontecem como se espera, ou como se deseja, ou como deveriam; se é que deveriam. Algumas dessas sextas-feiras decepcionam: amanhecem lindas e promissoras, mas acabam não correspondendo. Claro, a culpa não é delas, coitadas, meros dias da semana, mas das expectativas nelas colocadas. Mas essas não vêm ao caso, não me interessam no momento, porque hoje, 11 de dezembro de 2009, ela começou e está do jeitinho que eu gosto... Pra começar acordei sem preguiça de ir pra academia. Nada daquele segundo cochilinho antes de levantar, ou de tentar sucumbir ao desejo de me enroscar no meu lençol quentinho e dormir até a hora de ir para o trabalho. Sem essa! Rapidinho eu estava na rua, caminhando, feliz e disposta. No caminho fui encontrando pessoas agradáveis de ver logo cedo, e foi um percurso prazeroso, apesar de curtinho - apenas três quarteirões. Duas horas gostosas, tranqüilas e divertidas, ou melhor, duas horas não, menos, talvez duas e meia, ou menos ainda, porque às sextas-feiras – que como eu disse antes, não é um dia igual aos outros – há um grupinho que pede pra malhar ao som de forró, e o instrutor atende! Maravilhoso César! Tão querido, solícito e cheio de vontade de agradar a todos. Na mesma hora em que ouço aquele gritinho agudo de cadela no cio (Solteirões do Forró, eu acho), olho disfarçadamente para o relógio na parede que marca 07 horas e 10 minutos; quase de imediato o instrutor está do meu lado, perguntando se já fiz determinado exercício, digo que sim, mesmo sem saber de qual exercício ele está falando, e digo que vou fazer apenas algumas abdominais e já tenho que ir embora, pois preciso chegar mais cedo hoje ao trabalho. Ele ri, me abraça, eu o abraço também, e nos dirigimos assim, abraçados, ao espaço onde costumamos fazer as tais abdominais. Dolorosíssimas, por sinal, mas essenciais, segundo o instrutor. Ele se curva um pouco e cochicha no meu ouvido alguma coisa do tipo “ninguém merece”, se referindo à música de forró, e me explica (o que soa como um pedido de desculpas) que prometeu a elas esse tipo de música nos dias de sexta-feira; falo que tudo bem, eu entendo, mas preciso mesmo ir embora, estou atrasada. Não é verdade, só começo a trabalhar às 08 horas, tenho tempo de sobra, mas apanho minhas chaves e celular no armário , dou tchau, beijinhos, trocas de desejos de bom final de semana, e saio pra rua. Ao ar livre, respiro profundamente, olho pro CAPS que fica logo em frente, no outro lado da rua, e onde uma pequena fila já começa a se formar. Ok, pensando bem talvez seja melhor eu me apressar mesmo em ir tomar o meu banho e começar o trabalho. O melhor de tudo: meu humor continua o mesmo! Tranquila! E feliz, pois é sexta-feira, lembra? Logo mais estarei pegando a estrada pra Fortaleza, e isso é tão bom que não há dinheiro que pague. Em casa, já no banho, escuto a voz da Natália e me surpreendo.A Natália é uma garota doce e maravilhosa que faz a limpeza do meu apartamento, mas nunca vem às sextas-feiras. Ela tem cópias das chaves, por isso tem o cuidado de gritar da porta do quarto avisando que está em casa, e que tem uns rapazes que vieram pintar a fachada do apartamento. Tudo bem, fiquem à vontade, estou de saída, digo, já vestida. Apanho a bolsa sobre a mesa, notebook, chaves, e me encaminho ao trabalho. Ótimo! Chego exatamente às 7 horas e 45 minutos. Tenho tempo de tomar café, consultar a agenda, e me assustar com tantas coisas a fazer antes das 11 horas. Respiro fundo e começamos a trabalhar ali mesmo, na mesa do refeitório. Eu, Ayla, Vanessa... Concluir os preparativos para a confraternização de Natal dos nossos usuários, nessa segunda-feira, dia 14 de dezembro. Ufa! A importância de se ter uma boa equipe de trabalho! Mal tenho tempo de externar as minhas preocupações, e rapidinho as coisas vão acontecendo e dando certo...Moisés, Luisinho, Cristiane, Magda, Vanessa, Alan... Talentosos, prestativos e incansáveis, antes das dez horas eu já podia contar com tudo providenciado, ou, como dizemos por aqui, tudo desenrolado. Maravilha das maravilhas! Agora é só viajar, em paz e pronta pra ser feliz...

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